domingo, 2 de junho de 2013

Apresentação e narrativa


APRESENTAÇÃO 2

Fontes,Simone Maria da Silva. Alvinlândia, SP, Brasil. Professora de ciências da natureza da SEE-SP desde 1996. Especializada em física e Pedagogia. Pó-graduada em: Psicopedagogia Clínica e Institucional, Gestão Escolar e Práticas Pedagógiocas e Ludopedagogia na Educação Infantil.

NARRATIVA DE VIDA ESCOLAR

Ainda criança (6 anos), já via minha irmã (7 anos) estudar em uma escola de zona rural no Bairro da Anhumas, município Ubirajara-SP, e chorava de vontade de ir estudar com ela.
A professora era encantadora e se chamava Creusa. A mesma permitiu que às vezes eu fosse assistir a suas aulas com minha irmã, isso me causou imensa alegria.
Professora que lecionava com uma “lousinha” pequena e subdividida em quatro partes (1ª à 4ª série), mas que mesmo com isso, sendo merendeira, servente, inspetora e mestre, fazia a sua parte na escolarização de um grupo de crianças da zona rural. Tudo com muito zelo, presteza, amor, dedicação e entrega.
Assim, meu primeiro encanto pelo mundo das letras, números, leitura e narrativas, foi investigado por essa bela profissional.
No ano seguinte vim para Alvinlândia-SP e como já estava em idade de 1ª série, não fiz pré-escola, mas meus colegas sim. Sofri muito, me sentia perdida, incompreendida, descuidada e discriminada pela minha condição social. Mas, caminhei com dificuldades, auxiliada por meus familiares e no fim venci.
Nunca me esqueço e acho que até hoje odeio a letra do alfabeto maiúsculo cursivo, pois por não conseguir seu traçado fui muito humilhada, criticada aos berros e chorei muitas vezes.
Depois só me lembro de ser tudo tranquilo (2ª a 4ª série), mas ainda sentia a diferença de tratamento entre as classes social presentes na sala.
Fui uma aluna de nível médio, sempre muito incentivada por meus pais a estudar, respeitar os mais velhos e ser gente ao crescer (fala de meus pais).
Foi de 5ª a 7ª série que conheci a melhor pessoa que poderia ter passado por minha vida educacional, a professora Neusa Assis, que me fez competente quanto ao português. Mulher religiosa, igualitária, compromissada, pacienciosa e que nos oportunizava: redações, correções/reescrita, leitura silenciosa, após oral, compartilhada, leitura de um livro semanal, caderno de resumo dos livros que li, roda de conto, ortografia, análise de texto e respostas as questões da forma correta...
Após passaram outras por minha vida nessa área como: Beatriz (Duartina-SP – E.M) e Sônia Molina (Garça-SP – magistério). Quanto a matemática tudo foi muito tradicional, sofrido e nível médio a ruim de aprendizado para aplicação na vida.


Logo de cara, saindo do ensino médio, a primeira muralha um concurso para agente do IBGE (CENSO) e não tinha nada de base para matemática financeira. Mas, a vida nos causa momentos que nem sabemos que não vivemos sem propósito e passei em 2º lugar para agente da minha cidade, graças a uma conversa que presenciei entre meu namorado (professor) e meu pai (que só tem 2ª série) sobre porcentagem. A conversa que me gravou foi 10% de 1000 é 100, de 100 é 10, de 10 é 1 e de 1 é 0,10. Assim, fiquei achando a razão entre valores que tinha nos problemas do concurso, das diferentes porcentagens, fui a última a sair da sala, porém valeu a pena.


Sempre tive grande curiosidade pelas aulas que envolviam ler, produzir resumos, recontar em grupo sobre a obra que leu, teatro, apresentações cívicas ou comemorativas (mensagens, versos...). Graças a Deus tive ótimas professoras de língua portuguesa em Alvinlândia e em Garça e até hoje sempre me dei bem em produções, apresentações, TCCs...
Penso que a leitura e a escrita deve ter por base as práticas sociais de leitura e escrita utilizando o real que cerca o educando, pois assim os alunos podem se apropriar deles como práticas vivas e vitais, onde ler e escrever sejam instrumentos poderosos que permitem repensar, reorganizar o próprio pensamento, interpretar, produzir, interferir, expressar-se, transformar por cooperação, assumir e requerer, participar, exercer, tornar-se cidadão pleno. Ler mais que codificar ou seja ler além do escrito. Ler o mundo. LER, ESCREVER E CONTAR/NARRAR com prazer e sem medos.

CONSIDERAÇÕES DE ESTUDO MATERIAL DO PORTAL efp-ava
Por tudo que li e ouvi no material disponibilizado compreendi que a leitura nos permite caminhar por mundos desconhecidos, nos abre portas, olhares, mente, liberta, nos faz sonhar os sonhos que já foram sonhados por alguém, permite opinarmos, reformularmos, recriarmos, julgarmos e nos humanizarmos. Que mais ainda liberta a escrita que nos diferencia dos outros animais. Escrita essa que deve ser espontânea, mediada se necessário, baseada em práticas de leitura, pesquisa de campo, narrativas, incentivada, reconhecida, afim de estimular o leitor/escritor a flanar, entregar-se e assim crescer pessoalmente. Uma educação em 3.0 e não 1.0.

Autora Simone Fontes

4 comentários:

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  3. Quero parabenizá-los,o blog está muito interessante e interativo,este modelo é interessante e dinâmico.

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  4. Nós do grupo 4 agradecemos a visita. Ficamos felizes por ter gostado do blog. Abraços ao pessoal do Matemática Moderna Educativa.

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