Sou do tempo em que comprava livro usado e passava a borracha para usar cuidadosamente
e vendê-lo no ano seguinte. Então, na minha casa não tinha livros, só me lembro
de uma coleção de enciclopédia, um dicionário e a bíblia, comprados com muito
sacrifício.
Desenvolvi meu desejo de leitura porque tive uma excelente
professora de português e uma colega que adorava romances policiais. Foi por
intermédio dela que comecei a ler romances policiais e aprendi a gostar
de ler. Não saía da biblioteca municipal; a cada dois dias, estava eu lá
retirando um ou dois livros. Lembro-me de ter lido O caso da borboleta Atíria,
O escaravelho do diabo, O mistério do cinco estrelas, A moreninha, As três
Marias, Ciranda de Pedra, A mão e a luva, Amor de perdição, O primo Basílio,
Tonico, Tonico e Carniça e tantos outros. Mas, o que eu gostava mesmo era de
ler Stella Carr, Arthur Conan Doyle e Agatha Christie, desta última me
recordo que os livros vinham semanalmente na banca e eu podia comprá-los porque
era barato. Quase completei a coleção, e li uns 70 livros dela. Era uma leitura
que eu devorava, lia um livro a cada dois dias. Acabei doando meus livros para
a biblioteca onde sempre estudei e sou professora desde o início da minha
carreira.
Teve um período que eu devorava revistas, lia uma numa tarde: Crescer,
Época, Galileu, Super Interessante... e atualmente não assino mais nada
por falta de tempo para ler.
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